Estimados jornalistas e outros operadores da comunicação social:
Gostaria de me ter encontrado convosco, para falarmos informalmente sobre dois temas. Um deles é o Dia Mundial das Comunicações Sociais, que se celebra no próximo domingo e há 44 anos ininterruptamente, por iniciativa dos serviços da Comunicação Social da Igreja. Dentro deste assunto, gostaria de trocar convosco algumas impressões sobre a Mensagem do Papa para este dia. Trata-se de uma mensagem voltada para as novas oportunidades que oferecem aos comunicadores as novas tecnologias da informação. Estamos, de facto, como aí se diz, no limiar de uma história nova onde estas tecnologias da informação ampliam cada vez mais o chamado “mundo digital”. O Papa usa mesmo a expressão “um novo continente digital” para caracterizar o mundo global em que nos encontramos.
E no que à relação da Igreja com a Sociedade diz respeito, esta mensagem fala de um novo espaço oferecido pela internet também àqueles para quem Deus é ainda um desconhecido. Chama-lhe mesmo o “pátio dos gentios”.
O outro assunto que gostaria de ter dialogado convosco é a visita do Papa a Portugal que começa amanhã e se prolonga até sexta-feira. Considero este acontecimento carregado das maiores esperanças tanto para os cristãos e a Igreja enquanto tal como também para a sociedade portuguesa no seu conjunto.
A Igreja e os cristãos esperam do Papa palavras de motivação para o aprofundamento da Fé e também para as novas formas de viver e anunciar a mesma Fé nas novas circunstâncias da sociedade actual. Para a sociedade portuguesa, em geral, esperamos dele o apontar dos valores fundamentais, de que depende a superação da crise das crises, ou seja a falta de esperança e de sentido para a vida.
Em Lisboa, no dia 11, a celebrar Missa no Terreiro do Paço e depois na manhã do dia 12, em encontro com a cultura e os intelectuais portugueses; em Fátima na tarde do dia 12 e no dia 13; no Porto, na manhã do dia 14, teremos oportunidade de contactar e escutar uma personalidade verdadeiramente capaz de abrir horizontes novos à nossa vida em sociedade e a partir do património cultural que mais nos identifica.
Guarda, 10 de Maio de 2010
+Manuel R. Felício, B. da Guarda