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Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social

O Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social tem como finalidade promover o diálogo com os Meios de Comunicação Social locais, regionais e nacionais.

Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social

O Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social tem como finalidade promover o diálogo com os Meios de Comunicação Social locais, regionais e nacionais.

VISITA DO PAPA BENTO XVI A PORTUGAL 11-14 Maio de 2010

24.02.10, dioceseguardacsociais

Para uma boa organização das celebrações a que presidirá Sua Santidade Bento XVI em Fátima, informa-se do seguinte:

 Informação aos padres:

Missa das 10:00 de 13 de Maio, no Recinto do Santuário

A Reitoria do Santuário de Fátima está a enviar para os bispos diocesanos do país (sacerdotes diocesanos) e para os padres provinciais (sacerdotes de congregações) a seguinte informação, respeitante à inscrição de sacerdotes para concelebração da Eucaristia de 13 de Maio, às 10:00, que será celebrada no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, presidida pelo Papa Bento XVI:

Para a concelebração da Santa Missa, no dia 13, às 10:00, os sacerdotes devem fazer pedido de inscrição, dirigido ao Santuário de Fátima, por correio, e-mail ou fax, através dos seguintes contactos: Santuário de Fátima - Serviço de Pastoral Litúrgica (SEPALI) - Apartado 31 - 2496-908 FÁTIMA / E-mail: sepali@fatima.pt / Fax: 249 539 605.

A inscrição pode também fazer-se pessoalmente no Santuário, no SEPALI, localizado no edifício da Reitoria.

Para a inscrição, é necessário o fornecimento dos seguintes elementos: - Nome completo, morada, e-mail e telefone. - Fotocópia do cartão de identificação sacerdotal e civil, ambos devidamente actualizados.

A inscrição será confirmada pelo Santuário, com o envio antecipado do cartão de acesso à concelebração.

O mesmo cartão pode também ser levantado pessoalmente, no SEPALI.

Embora pedindo que procedam à inscrição com a maior antecedência possível, para o melhor desenrolar de todo o processo, admite-se que ela se faça ainda no período de 10 a 13 de Maio, com entrega do cartão de acesso no momento.

Neste caso, o atendimento será no Posto de Informações nº 2, junto do escadório de entrada no Recinto de Oração, do lado Poente, como segue: dias 10 e 11 – das 09:00 às 13:00 e das 14:30 às 18:30; dia 12 – das 09:00 às 21:00; dia 13: das 06:00 às 09:00.

 

Informação aos padres, aos diáconos e aos seminaristas:

Vésperas, às 18:00 de 12 de Maio, na Igreja da Santíssima Trindade À chegada a Fátima, após o momento de saudação a Nossa Senhora, às 17:00 do dia 12 na Capelinha das Aparições, o Santo Padre dirigir-se-á para a Igreja da Santíssima Trindade, para um momento de oração de Vésperas com padres, diáconos e seminaristas, às 18:00. O Coordenador Geral Eclesial da Visita Papal, D. Carlos Azevedo, e a Reitoria do Santuário de Fátima informam que para participação nas Vésperas os pedidos de inscrição devem ser dirigidos às dioceses (para presbíteros, diáconos e seminaristas), à Confederação dos Institutos Religiosos Portugueses (para religiosos e seminaristas) e à Federação Nacional dos Institutos Seculares (consagrados).

Para informação suplementar é favor contactar: secretariado@bentoxviportugal.pt

 

Informação às organizações de pastoral social:

Encontro, às 17:00 de 13 de Maio, na Igreja da Santíssima Trindade Às 17:00 do dia 13 de Maio o Santo Padre terá, na Igreja da Santíssima Trindade, um encontro com as organizações da Pastoral Social.

O Coordenador Geral Eclesial da Visita Papal, D. Carlos Azevedo, e a Reitoria do Santuário de Fátima informam que para participação no referido encontro/Celebração da Palavra, os pedidos de inscrição das organizações da pastoral social devem ser enviados para o Secretariado Nacional da Pastoral Social.

Para informação suplementar é favor contactar: secretariado@bentoxviportugal.pt

 

Recorde-se que o programa da Visita Papal previsto para Fátima é o seguinte:

Dia 12

17:30 – Oração na Capelinha das Aparições.

18:00 – Vésperas com presbíteros, diáconos, religiosos, seminaristas e consagrados, na Igreja da Santíssima Trindade.

21:30 – Recitação do rosário e bênção das velas, na Capelinha das Aparições.

22:30 - Santa Missa, no Recinto de Oração, presidida por Sua Eminência o Senhor Cardeal D. Tarcisio Bertone.

Dia 13

10:00 – Santa Missa, no Recinto de Oração, presidida por Sua Santidade o Papa Bento XVI. 13:00 – Almoço com os Bispos de Portugal e com o Séquito Papal.

17:00 - Encontro com as organizações da Pastoral Social, na Igreja da Santíssima Trindade. 18:45 – Encontro com os Bispos de Portugal, na Casa de Nossa Senhora do Carmo.

Dia 14 08:00 - Despedida, na Casa de Nossa Senhora do Carmo.

I Domingo da Quaresma – Catequese de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda

22.02.10, dioceseguardacsociais

A oração num mundo secularizado e materialista

 

1. Neste primeiro domingo da Quaresma, escutámos o Senhor, que nos fala ao coração sobre o caminho que devemos seguir em direcção a Ele e ao Seu Reino. Neste percurso abundam as tentações que nos apontam outros caminhos. Não é para admirar, porque Ele mesmo também foi tentado, como nos lembra o Evangelho de hoje. O tempo da Quaresma é um tempo especial, que nos convida a parar diante do mundo e da sociedade, mas também e sobretudo cada um diante de si mesmo e da sua consciência, para avaliar a justeza do caminho que está a ser percorrido.

O critério dessa avaliação está na oração, onde experimentamos a presença de Deus e descobrimos a verdadeira fonte de esperança e de sentido para a nossa vida. Vivemos hoje, de facto, num mundo onde a presença de Deus e os seus sinais não são espontaneamente reconhecidos. Pelo contrário, a cultura dominante orgulha-se da sua laicidade, na medida em que a vida das pessoas e sobretudo a vida pública são decididas e organizadas à margem de Deus e da relação com Ele. Mais ainda, a presença de Deus e dos seus sinais no palco da vida social é vulgarmente considerada uma intrusão indevida. Todavia, se estivermos atentos à história e à vida da sociedade actual, reconheceremos os efeitos negativos desta expulsão de Deus do quadro das relações sociais. De facto, isso não está a resultar em crescimento da estabilidade e do efectivo reconhecimento dos direitos de todos. Pelo contrário, está a abrir caminho à progressiva imposição da lei do mais forte. Se não, vejamos como crescem as desigualdades sociais e como está a ser difícil a luta contra a pobreza e a exclusão social. Além disso, quando se tenta fechar a pessoa no horizonte apertado do desenvolvimento simplesmente material, ela fica, de facto, empobrecida e morre o seu mais autêntico dinamismo de realização pessoal que consiste em fazer relações humanas e sociais baseadas nos valores espirituais e sobrenaturais. Argumentava-se, antes com o preconceito de que a religião seria inimiga da ciência e do desenvolvimento, preconceito esse que chegou a ser introduzido em alguns programas escolares da nossa escola pública, felizmente corrigidos; argumenta-se hoje com dificuldades criadas pelo pluralismo religioso na organização social e com o caso mais extremo do fundamentalismo religioso, gerador de guerras e conflitos sociais. E com base nestes argumentos alguns querem concluir que Deus não existe ou pelo menos lhe deve ser negado lugar no palco da vida social para não criar problemas, relegando-o, quando muito, para o reduto intimista das consciências.

Se aceitássemos esta opção que, mesmo entre nós, alguns continuam a querer impor pelo menos na organização da vida pública, estaríamos a roubar às pessoas e à rede das suas relações o factor mais determinante da verdadeira vida com qualidade. Por isso, nós cristãos e comunidades cristãs, ao fazermos a experiência de Deus na relação viva e vital com Cristo Ressuscitado, para além de cumprirmos a nossa vocação no que ela tem de mais verdadeiro, temos consciência de estar a prestar o melhor dos serviços à própria sociedade.

 

2. Hoje, a Palavra de Deus começa por nos falar na consciência viva que o verdadeiro israelita tem de ser acompanhado por Deus em toda a sua história pessoal e comunitária. Por isso, aquele sacrifício de acção de graças em que são oferecidos a Deus os primeiros frutos da terra, através das mãos do sacerdote, é a expressão tipo deste reconhecimento. Para todos nós, discípulos de Cristo, a Fé, que nasce da Palavra e germina no coração, determina e organiza toda a nossa vida pessoal com repercussões, na vida da sociedade. De facto, é o coração esse lugar onde se tomam as decisões, que depois se transformam em atitudes e actos, os quais necessariamente hão-de marcar a vida social com os valores humanizantes que o Evangelho inspira. Também é verdade que em todo este processo que vai do encontro com Deus, na Pessoa de Cristo até às atitudes e actos da n nossa vida pessoal com repercussões na sociedade, aparecem tentações.

Não temos que nos admirar, pois também Jesus foi tentado, como nos lembra o Evangelho de hoje. De facto, Jesus, no seu caminho messiânico, encontrou a tentação da riqueza – transforma estas pedras em pão; encontrou a tentação do poder – tudo isto te darei se me adorares; encontrou a tentação da facilidade – lança-te daqui para baixo que Deus virá em tua ajuda. Estas e outras tentações continuam hoje a colocar-se às pessoas do nosso tempo, a começar por aquelas que exercem maiores responsabilidades na condução da vida social.

E quando não há coragem para vencer estas e outras tentações, entramos, de facto, por caminhos de degradação pessoal, com efeitos perversos na própria organização da sociedade. Aparece assim a praga que vulgarmente se chama corrupção, ou seja o aproveitamento em benefício exclusivamente pessoal de bens que são da comunidade. Infelizmente, temos de reconhecer que se, em geral, houvesse mais coragem para vencer as tentações, sobretudo as que se colocam a quem conduz a vida social, todos sairíamos beneficiados.

Como demonstram os factos que estão à vista, pelo menos no que diz respeito ao uso dos bens materiais, estamos longe de conseguir aquela equitativa distribuição, que a justiça não só recomenda, mas nos impõe. Assim, o exercício formal da nossa justiça não está a impedir que, por exemplo, haja pessoas colocadas em empresas públicas do nosso país a ganhar num só ano quantias que muitos portugueses, talvez a maior parte, não conseguem ganhar em toda a sua vida de trabalho. Num ano europeu de luta contra a pobreza e a exclusão social casos deste género bradam aos céus e reclamam outra justiça diferente daquela que as nossas instituições estão a aplicar. Também é difícil de entender que, estando o sistema de segurança social no nosso país em risco de ruptura, estejam a tardar os sinais claros de contenção nas reformas exageradamente elevadas que estão a ser pagas a alguns portugueses.

Como também não percebemos a falta de coragem para impor tectos salariais a quem mais ganha neste país e que não se lhes peçam os sacrifícios que lhes deviam ser pedidos para caminharmos em direcção ao equilíbrio das nossas contas públicas externas, um dos problemas que mais estão a afectar a imagem do nosso país para o exterior e com evidentes repercussões negativas na vida dos cidadãos portugueses.

É injusto querer pedir os mesmos sacrifícios tanto aos que mais ganham como aos que menos ganham, num país como o nosso que, entre os 27 da comunidade europeia, é aquele onde existe maior distância entre os muito ricos e os muito pobres e, pior ainda, com tendência para se agravar.

 

3. Perante este quadro de vida social, a precisar de corajosas correcções como acabamos de verificar, nós como cristãos e comunidades cristãs sentimos que a relação com Deus na oração é a grande alavanca capaz de nos mobilizar para despertarmos em nós e nos outros aquela vida de qualidade que as pessoas no fundo de si mesmas desejam.

A oração é um acto vital para nós, que desejamos viver a Fé em Cristo como a fonte organizadora de toda a nossa vida pessoal e comunitária; mas ela também continua a ser o nosso grande contributo para uma vida social cada vez mais humanizada. Isto é verdade, mesmo quando alguns nos querem fazer crer que numa sociedade laica não há lugar para Deus e consequentemente para a relação com Ele na oração. Nós desejamos fazer pessoal e comunitariamente a experiência viva do encontro com Deus, que vem, de facto, ao nosso encontro e nos trata como amigos.

Por sua vez, ma medida em que formos capazes de fazer esta experiência viva de Deus em nós, seremos mais capazes de descobrir os seus sinais que estão presentes no mundo. E nesses sinais Ele aponta a todos caminhos de justiça e de bem. A relação com Cristo Ressuscitado e vivo e por Ele com ao mistério da Santíssima Trindade determina as nossas vidas de cristãos e comunidades cristãs e envia-nos, para, com a força do Espírito Santo, sermos no meio do mundo, fermento da renovação evangélica.

A experiência da oração no Povo Bíblico com particular relevância para figuras tipo, como são as de Abraão, de Moisés ou de David, é uma importante escola de vida. Mas o grande Mestre da oração é para nós o próprio Jesus Cristo. Vemos nele o exemplo, pela forma como na sua vida pública vivia a continuada intimidade com o Pai. E não lhe faltaram momentos especiais, como aqueles em que, por exemplo, se recolhia em lugares de silêncio para fazer oração. Vemos nele o mestre que ensina os seus discípulos a rezar, particularmente quando os manda recitar a oração do Pai Nosso. Sentimo-lo, por fim, como parte integrante da nossa oração, quando esta lhe é dirigida. De facto, o encontro vivo e vital com Cristo Ressuscitado é o cerne da oração cristã. Estamos num ano sacerdotal, que pretende principalmente lembrar a todos nós sacerdotes e ao Povo de Deus em geral que o Padre, para ser realmente padre tem de ser homem de Deus e portanto homem de oração. Só assim conseguiremos aquela identificação com Cristo cabeça e pastor do seu Povo de que somos sinal por missão recebida no sacramento da Ordem. Estamos convencidos de que a oração nos fortalece na esperança para levarmos esperança à Igreja e ao mundo. Na oração sentimos fortalecida a nossa Fé e também nos motivamos para que a caridade pastoral seja sempre o critério organizador da nossa vida pessoal e em Presbitério. O bem da Igreja e mesmo da nossa sociedade pede-nos que sejamos padres segundo o coração de Cristo.

E nós ousamos pedir a todo o Povo de Deus que, sobretudo, pela oração intensa a favor dos seus pastores, nos ajude a cumprir esta importante missão que o Senhor nos confia e é absolutamente necessária para a vida da Igreja e para a autêntica humanização do mundo.

 

Irmãos e irmãs, que esta quaresma seja para todos nós oportunidade bem aproveitada para redescobrir o verdadeiro sentido da oração nas nossas vidas pessoais, na vida das nossas famílias e na vida das nossas comunidades da Fé e, assim, também a sociedade em geral possa sair beneficiada.

 

+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda

“Presumível milagre” atribuído a D. João de Oliveira Matos

17.02.10, dioceseguardacsociais

Tribunal Diocesano reuniu no Outeiro de São Miguel

 

O Tribunal Diocesano da Guarda reuniu, no dia 6 de Fevereiro, no Outeiro de São Miguel, para o encerramento do Processo Diocesano de um “presumível milagre” atribuído à intercessão de D. João de Oliveira Matos. A cerimónia foi o culminar de um longo caminho percorrido pela diocese da Guarda, que se revê na santidade deste seu pastor e pela Liga dos Servos de Jesus, de quem foi o Fundador.

Este Processo, que agora se encerrou, está interligado com o Processo sobre as Virtudes Heróicas vividas pelo Servo de Deus, realizado no dia 3 de Maio de 1998. O Processo, que consta de 23 volumes, foi entregue em Roma, no dia 19 de Maio, desse ano. A Congregação das Causas dos Santos emitiu o Decreto de Validade da nomeação do Postulador, Monsenhor Arnaldo Pinto Cardoso, em 13 de Novembro de 1998, e a nomeação do Relator da Causa, Monsenhor José Luís Gutierrez, data de 11 de Dezembro de 1998.

A elaboração do ‘Summarium’ e da ‘Informatio super virtutibus’ ocorreu entre os anos 1999 e 2008, tendo sido entregue a ‘Positio super Virtutibus et Fama sanctitatis’ em Setembro de 2008. A Diocese da Guarda aguarda o reconhecimento das virtudes heróicas do Servo de Deus por parte o Santo Padre e o título de “Venerável”. O Processo do presumível milagre, agora encerrado, tem também a sua história.

Em 15 de Julho de 2009, o Postulador apresentou ao Bispo da diocese da Guarda o pedido para a nomeação de um Tribunal Diocesano, para a análise e estudo de um “presumível milagre” atribuído à intercessão do Servo de Deus, D. João de Oliveira Matos. Foram ouvidas várias testemunhas, intervieram vários médicos e, no sábado passado, dia 6 de Fevereiro, deu-se por terminada a fase diocesana.

O Processo transita agora para Roma onde se irá proceder á elaboração da Positio, para futuramente, ser analisada pela Comissão Médica, afecta à Congregação das Causas dos Santos. A cerimónia de encerramento do Processo terminou com a Eucaristia, presidida por D. Manuel Felício.

Na homilia, o Bispo da Guarda referiu o que era prática e desejo de continuidade, do Senhor D. João, nomeadamente no que se refere aos Servos Externos. O que estes devem representar numa paróquia, nos seus trabalhos, onde quer que se encontrem inseridos. Não esqueceu de frisar a importância de se implementar uma rede de retiros, como se fazia naquele tempo, “pois é no silêncio e na oração que Deus se revela”. Depois da homilia, o grupo de novos Servos fez, em conjunto, a consagração. Foram vinte e dois, mais um diácono.

Foi um momento lindo que fortaleceu a esperança das Servas Internas, uma vez que este grupo pode, com o seu exemplo e trabalho, despertar novos simpatizantes, que queiram seguir-lhes os passos e dedicar-se ao mesmo ou a outra forma de apostolado.

Mensagem de D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, para Quaresma 2010

11.02.10, dioceseguardacsociais

Para viver a justiça na caridade

 

Vamos viver a Quaresma do ano 2010 integrada no Ano Sacerdotal. A mensagem do Santo Padre Bento XVI para esta Quaresma convida-nos a abrir o nosso coração à Justiça de Deus revelada e oferecida na Pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. Na prática corrente das leis e dos tribunais, a justiça concentra-se no esforço por dar a cada um o que lhe pertence, mas quase sempre se fica no domínio do que é material.

 

Não podemos, porém esquecer que a realização dos seres humanos não depende apenas dos bens materiais. Pelo contrário, cada homem e cada mulher, como diz o Santo Padre na sua mensagem, “para gozar de uma existência em plenitude precisa de algo mais íntimo que lhe pode ser concedido só gratuitamente”.

 

E esse algo mais é o amor que só Deus lhe pode comunicar e do qual, portanto, cada ser humano sempre depende. De facto, todos fazemos a experiência diária de nos sentirmos dependentes dos outros e, se prestarmos a devida atenção, sentiremos que essa dependência não é só dos outros, mas principalmente de Deus. Simultaneamente, fazemos uma outra experiência de sinal contrário que é o desejo desmedido de independência, de ter uma afirmação pessoal que nos ponha acima dos outros e, muitas vezes, contra eles, numa atitude de egoísmo, consequência do que costumamos chamar pecado original.

 

Este conflito existe, de facto, em cada um de nós e só será superado na medida da nossa coragem para escolher entre duas lógicas, que se confrontam. Uma delas é a da suspeita e da competição, a lógica do ter cada vez mais e do fazer sozinho ou exclusivamente para si próprio. A outra é a lógica do dom, da espera confiante no outro que há-de vir ao nosso encontro com o presente do amor.

 

Nós queremos escolher a lógica do dom e a partir dela organizar a nossa vida pessoal e comunitária. Nela se cumpre a justiça divina revelada e comunicada na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. É só na base da lógica do dom que nós podemos compreender e valorizar, neste Ano sacerdotal, o Ministério dos nossos padres oferecido à Igreja e, por ela, ao próprio mundo. Também desejamos que esta Quaresma sirva para todos nos convertermos mais à mesma lógica do dom, numa intensa procura do verdadeiro rosto de Cristo; uma procura que queremos fazer principalmente através dos caminhos da oração pessoal e comunitária, litúrgica e mesmo não litúrgica, de acordo com as propostas que nos faz o Catecismo da Igreja Católica.

 

Convidamos, por isso, cada Pároco e seu corpo de agentes pastorais a aproveitarem o tempo forte desta Quaresma para, através das orientações dadas no Catecismo da Igreja Católica e concretizadas pelo texto elaborado para a formação de adultos na nossa Diocese, progredirem juntos na experiência do encontro vivo e vital com Cristo.

 

E falando ainda de Justiça, não podemos deixar de reconhecer as dificuldades que a justiça das leis e dos tribunais, entre nós, está a sentir para garantir a legalidade e defender os legítimos direitos de todos.

 

Temos de reconhecer que a justiça dos tribunais só pode cumprir a sua importante função se, antes demais, houver a coragem de promover entre os cidadãos uma verdadeira cultura de justiça, que supõe conjugação de esforços para a autêntica educação cívica e de valores.

 

De outro modo – e os factos estão a confirmá-lo – será difícil garantir eficácia à nossa justiça, sujeita como está a toda a espécie de pressões e cada vez mais embrulhada em jogos de interesses. A verdadeira justiça, completada pela caridade, leva-nos, de acordo com o espírito da Quaresma, a percorrer os caminhos da solidariedade e de partilha fraterna, mesmo que isso signifique renúncia a bens materiais; supérfluos ou mesmo não supérfluos.

 

Este ano vamos orientar o resultado da nossa renúncia quaresmal para ajuda material solidária a um projecto chamado “Fazenda da Esperança” que está a ser desenvolvido na nossa Diocese, na Paróquia de Maçal do Chão, arciprestado de Celorico da Beira. É um serviço já muito experimentado no Brasil, onde mereceu uma Visita do actual Papa Bento XVI e que se destina ao acolhimento e recuperação de pessoas atingidas por várias espécies de falta de esperança, incluindo situações de marginalidade. Está em causa ajudar os mais pobres dos pobres também neste ano europeu de luta contra a pobreza e exclusão social. Guarda, 7 de Fevereiro de 2010 +Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

Apresentação da Mensagem para a Quaresma 2010

10.02.10, dioceseguardacsociais

D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, vai apresentar a Mensagem para a Quaresma 2010, no dia 11 de Fevereiro, às 15.00 horas.

A conferência de imprensa terá lugar no Paço Episcopal (Colégio de São José), na Guarda.

No final, D. Manuel Felício dará a conhecer o destino da Renúncia Quaresmal 2010 e responderá às perguntas dos jornalistas.

Mais informações: Francisco Barbeira 962571025; francisco.barbeira@clix.pt; dguarda.csociais@sapo.pt

 

Retiros de preparação para a Páscoa

05.02.10, dioceseguardacsociais

Tendo em vista a preparação da Páscoa, a Diocese da Guarda vai promover vários retiros no Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos, na Guarda.

O primeiro retiro está marcado para 4 (às 19.30 horas) a 7 de Março (às 13.00 horas), e será orientado pelo padre Alfredo pinheiro Neves, que abordará o tema “Convertei-vos e acreditai no Evangelho”.

O segundo retiro, a realizar de 12 (às 19.30 horas) a 14 de Março (às 17.00 horas), será orientado pelo padre Serafim Reis e terá como tema “A minha vida é Cristo”.

O terceiro retiro começa no dia 18 de Março (às 19.30 horas) e termina no dia 21 de Março (às 13.00 horas) e tem como orientador o Padre Eugénio Sério, que desenvolverá o tema “celebremos a festa com os ázimos da pureza e da verdade”.

A participação nos retiros implica a respectiva inscrição no Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos (271213610).

Conselho Presbiteral reúne no início da Quaresma

05.02.10, dioceseguardacsociais

No dia 19 de Fevereiro, primeira sexta-feira da Quaresma, vai decorrer, no Seminário da Guarda, a reunião do Conselho Presbiteral da Diocese da Guarda.

A agenda de trabalhos consta os seguintes pontos: Oração; Administração Diocesana; Vivência da Quaresma em Ano Sacerdotal. Sobre a administração diocesana estarão em análise os seguintes assuntos: observações às contas da Diocese de 2009; ponto da situação sobre as contas das obras do Paço Episcopal; Instituto ‘Comunhão e Partilha’ e a Fundação Nun’Álvares: informação e caminhos para valorizar estes dois instrumentos ao serviço dos padres; administração de recursos materiais: formação necessária para os intervenientes na administração diocesana, a começar pelas Comissões das Fábricas da Igreja; Administração de recursos humanos: ajuda que podem dar os Conselhos Pastorais Paroquiais ou interparoquiais e os Conselhos Pastorais Arciprestais, em formação. No tocante ao ponto da vivência da Quaresma em Ano Sacerdotal, serão analisados os seguintes aspectos: aproveitamento das propostas de formação sobre a oração na vida pessoal e comunitária, e do espaço constituído pelos agentes pastorais ligados a cada pároco; valorização dos retiros, por arciprestado; formação para o sentido da penitência e programas de confissões devidamente feitos e anunciados. Os trabalhos do Conselho Presbiteral começam às 10.00 horas com a oração de Hora Intermédia. Às 12.30 horas haverá uma concelebração Eucarística em Ano Sacerdotal e às 16.00 horas a oração final e encerramento dos trabalhos.

Padres da Guarda marcam Assembleia Geral do Clero para Abril

04.02.10, dioceseguardacsociais

 

Abril foi o mês escolhido, pelos padres da Diocese da Guarda, para a realização da Assembleia Geral do Clero. A decisão foi votada esta tarde, no final dos trabalhos das Jornadas de Formação que, durante dois dias, juntaram cerca de uma centena de sacerdotes, no Seminário Maior da Guarda. Ainda sem dias marcados, a Assembleia Geral do Clero tem vindo a ser preparada, ao longo das últimas semanas, por todos os sacerdotes, em reuniões por grupos etários.

O Secretariado da Assembleia Geral já apresentou uma primeira selecção de 14 temas, abrangentes de interrogações, problemas e desafios apontados pelos padres. “Comunhão no Presbitério e nova Evangelização”; “Evangelização e testemunho de vida”; Testemunho de vida sacerdotal e novas vocações sacerdotais”; “Fidelidade ao Evangelho e presença no Mundo”; “As estruturas diocesanas: análise e remodelação”; “As dificuldades da vida sacerdotal hoje: levantamento e soluções”; “A vida espiritual do Padre e a prática cristã dos fiéis”; “Unidade no presbitério e trabalho pastoral intergeracional”; “Relação do clero com os leigos na prática pastoral”; “A formação permanente do clero e do Laicado – formação de líderes”; A pastoral de conjunto e a integração pastoral dos leigos”; “A participação nas decisões e os Conselhos Pastorais”; “A promoção de Movimentos e Associações de Fiéis”; “Um novo modelo de Igreja: Comunidade ministerial” são os temas que estão agora à consideração de todos os padres da Diocese e dos quais vão escolher dez, por ordem de importância e que gostariam de ver tratados na Assembleia Geral de Abril.

“Fico esperançado que seja um acontecimento importante dentro do Ano Sacerdotal”, referiu D. Manuel Felício, sobre a Assembleia Geral do Clero.

Recorde-se que os padres da Diocese da Guarda estiveram reunidos ontem e hoje, 3 e 4 de Fevereiro, em Jornadas de Formação sobre “A dimensão evangelizadora e missionária do Ministério Ordenado”. Os trabalhos foram orientados pelos Padres António Gomes Dias, Provincial dos Redentoristas e José Brito, da diocese da Guarda.

No encerramento das Jornadas, O Bispo da Guarda congratulou-se pelo elevado número de padres presentes e pela participação activa demonstrada. “Fomos interpelados por quem, com conhecimento e experiência, nos falou sobre o nosso ministério”, referiu D. Manuel Felício.

Bispo da Guarda diz que Evangelização não pode ser ofuscada pelo medo

03.02.10, dioceseguardacsociais

Jornadas de Formação do Clero da Diocese 

 

“Temos de ter a coragem de dar passos até ao desconhecido, com a criatividade que as circunstâncias impõem e uma grande confiança de que Deus não nos abandona e está connosco” referiu o Bispo da Guarda, no final do primeiro dia das Jornadas de Formação do Clero, em que participaram cerca de uma centena de padres.

Depois de dizer que “há alguns receios de nós embarcarmos em caminhos não andados, de vermos fugir o terreno debaixo dos pés, de deixarmos passar algumas seguranças que tínhamos”, D. Manuel Felício mostrou confiança de que a Diocese saberá “encontrar os novos caminhos que se impõem para a nova Evangelização, porque parados não podemos ficar”. E acrescentou: “este é o grande desafio de nós não ficarmos parados mas caminharmos na confiança de que não estamos sozinhos”.

O Bispo da Guarda foi mais longe ao afirmar que “o diálogo com a fé e com a cultura passa por novos caminhos”. E explicou: “a distracção em relação a Deus, que nós encontramos na cultura de hoje, na sociedade, é mais um desafio ao nosso caminhar. Não quer dizer que as portas estejam já todas abertas, mas há novas oportunidades para a nova Evangelização”.

O Bispo da Guarda adiantou ainda que “vivemos numa sociedade de medo, de insegurança, onde as pessoas se atrapalham com o que acontece no dia-a-dia”.

 

Numa tarde preenchida com o tema “Dinamizadores da Missão Evangelizadora”, o Padre António Gomes Dias, Provincial dos Redentoristas, disse que “todos os padres devem ter um coração e uma mentalidade missionária, estar abertos às necessidades da Igreja e do mundo, atentos aos mais distantes e, sobretudo, aos grupos não cristãos do próprio meio”. A diminuição do número de crentes; o envelhecimento dos agentes pastorais mais activos; o desentendimento e desarmonia nas comunidades cristãs; a perda de qualidade; a banalização moderna de tudo o que é sagrado e religioso; a reivindicação de maior responsabilidade na tomada de decisões, foram alguns dos medos apontados e que preocupam as comunidades locais.

Em termos globais, o Provincial dos Redentoristas falou do “medo da crise de Deus na Europa; do medo de sermos os últimos cristãos dada a dificuldade de comunicarmos as nossas experiências às novas gerações; do medo da marginalização da Igreja, que entre nós tem acontecido paulatinamente e sem darmos conta; do medo de não sermos autênticos, de não sermos criativos”. Perante esta realidade, o Padre António Dias adiantou que “na acção pastoral temos de procurar encontrar caminhos”. Nesse sentido referiu que é preciso “ter claras algumas raízes; aceitar a secularização, não o secularismo; não absolutizar o que não é absoluto; ver como respondemos; usar bem os instrumentos que temos à nossa disposição”.

 

No balanço do primeiro dia das Jornadas, D. Manuel Felício considerou que “elas são muito importantes não só pelos novos conteúdos que nos trazem, mas principalmente pelo encontro entre nós, para que no diálogo e na abertura às realidades novas, possamos encontrar os novos caminhos”.

 

As Jornadas continuam amanhã, 4 de Fevereiro, com a análise do Simpósio Nacional do Clero, nomeadamente as propostas feitas pelo Beneditino alemão, Padre Anselm Grün, numa abordagem feita pelo Padre José Brito, da diocese da Guarda.

Padres da Guarda convocados para a Nova Evangelização

03.02.10, dioceseguardacsociais

“O Ano Sacerdotal há-de servir para identificar as dificuldades e os caminhos mais adequados para as superar”, referiu D. Manuel Felício, na abertura das Jornadas de Formação do Clero da Diocese da Guarda, que estão a decorrer, desde o início desta manhã, no Seminário da Guarda. O Bispo da Guarda adiantou que as dificuldades aparecem dentro da própria Igreja, das comunidades, que por vezes sentem dificuldade em se adaptar às novas situações, e de um certo saudosismo que se vai apoderando dos fiéis. “Há dificuldades que emergem da sociedade e da cultura em que estamos inseridos e em que é difícil levar o Evangelho”, referiu o Prelado.

Na conferência da manhã, o Padre António Gomes Dias, Provincial dos Redentoristas, falou sobre “a dimensão evangelizadora e missionária do padre”. Olhando para os documentos da Igreja que abordam a Evangelização, o conferencista disse que “num mundo marcado pela indiferença religiosa é necessária uma nova evangelização”. E explicou: “entre nós há a preocupação da Igreja se reposicionar na sociedade, em que se assiste à saída silenciosa de gente que praticava e se vai afastando”. Sem receitas feitas, para a evangelização da sociedade actual, adiantou que “evangelizar é a vocação e a identidade da Igreja”.

Numa alusão clara à Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial das Comunicações Sociais de 2010, o Provincial dos Redentoristas disse que “é preciso evangelizar as pessoas de hoje” e “como o espaço é limitado, o espaço que nós não ocuparmos, alguém o vai ocupar”.

Na intervenção falou ainda na necessidade de reavivar convicções e motivações para a evangelização e missão. “Jesus Cristo o Primeiro evangelizador; o Espírito Santo o protagonista da evangelização; vocação e identidade da Igreja; Chamados e enviados; complementaridade carismática; causa do homem, causa de Deus”, foram algumas das pistas referidas tendo em vista a nova evangelização. “Todos temos o dever da nova Evangelização, todos somos responsáveis” referiu o Padre António Dias. Esta tarde será apresentado o tema “Dinamizadores da Missão Evangelizadora”.

Amanhã, 4 de Fevereiro, os trabalhos terão como ponto de partida o Simpósio Nacional do Clero, nomeadamente as propostas feitas pelo Beneditino alemão, Padre Anselm Grün, numa abordagem feita pelo Padre José Brito, da diocese da Guarda. As Jornadas terminam com a primeira apresentação de dados sobre a Assembleia Geral do Clero da Diocese da Guarda.

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