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Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social

O Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social tem como finalidade promover o diálogo com os Meios de Comunicação Social locais, regionais e nacionais.

Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social

O Secretariado Diocesano da Guarda dos Meios de Comunicação Social tem como finalidade promover o diálogo com os Meios de Comunicação Social locais, regionais e nacionais.

“Saber envelhecer” na Casa de Saúde Bento Menni

30.09.09, dioceseguardacsociais

A 16 e 17 de Outubro, a Casa de Saúde Bento Menni, na Guarda, acolhe as III Jornadas com o tema “Saber Envelhecer”. Na sessão de abertura, marcada para as 9.30 horas, vão usar da palavra Pissarra da Costa, Director Clínico da Casa de Saúde bento Menni e Ilídio Carneiro, Presidente do Instituto das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus, seguindo-se um concerto pelo Coro Sénior do Centro Cultural da Guarda. A primeira mesa redonda tem início às 11.00 horas, e abordará o tema “Envelhecimento activo”, sendo moderador Américo Rodrigues. A tarde do primeiro dia começa (14.30 horas) com a conferência “Dentro do crepúsculo” por António Manuel Gomes. A segunda mesa redonda, às 15.30 horas, tem como tema “envelhecimento com doença” e será moderada por Carlos Carvalho, e conta com as intervenções de Nuno Cunha (Perturbações psicóticas no idoso), Ana Fonseca (avaliação nutricional em idosos institucionalizados), Dias Costa (A dor no idoso) e Georgina Marques e Cristóvão Marques (infecção urinária no idoso).

 

O segundo dia das Jornadas começa com a conferência “Capacidade de Decisão no Idoso Doente”, por Horácio Firmino. A terceira mesa redonda será sobre “envelhecimento com dignidade” e tem como moderador Carlos Leitão. Haverá comunicações de Óscar Ribeiro (stress nos cuidadores), José Aparício (idosos em segurança), Marino Ferreira (amor no envelhecer), Virgílio Bento (velhos são os trapos). A conferência da tarde (14.30 horas) será apresentada por Joaquim Cerejeira e abordará o tema “psico-educação em saúde mental do idoso). “Ética no envelhecer” é o tema da última mesa redonda que será moderada por Duarte Falcão e contará com as comunicações de Alice Roseiro (boas práticas de humanização), Luís Cortez Pinto (como prevenir a violência sobre idosos) e Paula Carneiro (cuidados no fim da vida). Na sessão de encerramento, marcada para as 16.15 horas, vão usar da palavra Lúcia Reduto, Carla Costa e Ana Escada. “Realço a importância desta realização, pelos temas a tratar, para a comunidade em geral e para os que desenvolvem o seu estudo ou a sua actividade profissional na área do envelhecimento”, escreve Pissarra da Costa, da Comissão Organizadora das III Jornadas “Saber envelhecer”.

Agenda episcopal de D. Manuel Felício

30.09.09, dioceseguardacsociais
De 4 a 10 de Outubro, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, participa nas seguintes iniciativas: Dia 4, Domingo: 11.00 horas – Celebração da Confirmação na Paróquia de Fatela; 16.00 horas – na Paróquia de S.Pedro do Pedrógão Dia 6: A partir das 15.30horas, encontro com o Padre Jorge Castela e com os agentes pastorais das paróquias que lhe estão confiadas. Dia 7: 12.30 horas, em Fátima, a presidir à celebração de encerramento dos 50 anos do Colégio de Nossa Senhora dos Remédios (Tortosendo); de tarde na Paróquia de Seia para encontro com o Pároco, celebração do 1º aniversário da Dedicação da Igreja de Nossa Senhora do Rosário (18.00 horas) e à noite encontro com agentes pastorais da Paróquia Dias 8, 9 e 10: a participar nas celebrações comemorativas da figura e da Obra do Servo de Deus Padre João Maria Haw, fundador da União de S. João Baptista (Leutesdorf-Alemanha).

Bispo da Guarda quer Diocese com "paróquias abertas"

26.09.09, dioceseguardacsociais

Jornadas Pastorais da Diocese da Guarda terminaram em clima de esperança
 
 
“Pretendo uma renovação de mentalidades, em que as pessoas se abram à possibilidade de reorganizarmos a Diocese, com base em paróquias abertas, constituindo entre si redes que dão origem às unidades pastorais e também uma renovação de mentalidade que permita às pessoas verem que o ministério ordenado tem de ser conjugado com os outros ministérios não ordenados e variados”, referiu o Bispo da Guarda, no final das Jornadas Pastorais da Diocese da Guarda, que ontem e hoje (25 e 26 de Setembro) decorreram no Centro Apostólico D. João Oliveira Matos, na cidade da Guarda.
 
Em forma de balanço, D. Manuel Felício adiantou que é importante que “entre cada pároco e a sua equipa de agentes pastorais se estabeleça uma rede de oração, de formação permanente, de distribuição de responsabilidades, de pensar a pastoral em moldes novos e de levar para a frente projectos, ser capaz de se empenharem na sua realização e depois na sua revisão, isto com base numa espiritualidade forte e numa vontade de renovação da formação permanente na fé”.
 
De acordo com o Prelado da Guarda “este é o trampolim que nos permitirá um novo futuro, em que não é o pároco sozinho mas em que o pároco, com a sua equipa de agentes pastorais, pode relançar a pastoral na nossa diocese, para bem das comunidades cristãs e para bem da própria sociedade”.
 
Na abordagem do tema das unidades pastorais, o Padre Georgino Rocha, da Diocese de Aveiro, referiu que “ a Igreja tem de estar onde estão as pessoas” e “tem de se adaptar à sua linguagem”. Numa sociedade plural e marcada pela mobilidade humana, Georgino Rocha defendeu uma “nova reorganização da igreja” de forma a dar resposta às necessidades actuais.
 
Sobre o tema das “paróquias e unidades pastorais”, D. Manuel Felício referiu: “Ao falarmos tanto das paróquias que temos, como das unidades pastorais para as quais queremos progredir, temos de ter em consideração primeira os diferentes ministérios, bem articulados entre si e com o ministério ordenado do sacerdote que lhes preside”. E continuou: “sabemos que da saúde que conseguirmos imprimir neste corpo de ministérios diferenciados e bem articulados depende também a saúde das paróquias e das unidades pastorais”.
Para D. Manuel Felício, “o objectivo primeiro é viver a comunhão da Igreja para depois a fazer viver nas diferentes comunidades da fé” e, ainda “ajudar a nossa sociedade de hoje a corrigir o défice de fraternidade”.
 
Questionado sobre a reorganização das paróquias, D. Manuel Felício adiantou que “a paróquia é necessária mas insuficiente. É necessária a referência territorial, a referência de tradição. É insuficiente na medida em que há cada vez menos pessoas, menos crianças para a catequese”. O Bispo da Guarda disse  que “é necessário pensar a nossa missão em espaços mais largos de forma a valorizar os recursos existentes”.
 
Perante o grande número de participantes nas Jornadas (cerca de duzentos), D. Manuel Felício manifestou esperança numa reorganização proveitosa para toda a Diocese. “Mais do que o número de participantes, vejo aqui gente para mediar uma nova mentalidade em que temos de estar todos empenhados”, referiu o Bispo da Guarda. E acrescentou: “Vi que estas pessoas vieram aqui buscar motivação para ajudar a mudar a mentalidade na nossa Diocese”.

 

Jornadas Pastorais da Diocese da Guarda juntam mais de centena e meia de participantes

25.09.09, dioceseguardacsociais

Bispo da Guarda defende maior envolvimento das equipas de agentes pastorais

 

“A preocupação primeira do ano pastoral, que estas jornadas estão a abrir, vai ser, para nós Diocese da Guarda, trabalhar com as várias equipas de agentes pastorais, congregadas à volta do mesmo pároco” referiu D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, na abertura das Jornadas Pastorais da Diocese da Guarda, que tiveram início, esta manhã, no Centro Apostólico D. João Oliveira Matos, na Guarda.

 

Perante uma assembleia de mais de cento e cinquenta pessoas, o Prelado Diocesano lembrou que há “párocos que têm a seu cuidado 4, 5, 6 e até mais paróquias”. E adiantou: “ com este trabalho, queremos que as diferentes equipas de agentes pastorais tenham momentos regulares de encontro entre todos os seus membros para a oração, para a formação, para a partilha de preocupações pastorais, mas sobretudo para crescerem na consciência da sua colaboração com Cristo, único Pastor e construtor da Igreja”.

 

D. Manuel Felício adiantou que “durante todo o ano pastoral desejamos que as equipas de agentes pastorais dêem especial atenção ao programa de formação oferecido a toda a Diocese sobre a oração na vida da Igreja e tomando como ponto de partida a IV parte do Catecismo da Igreja Católica”. É desejo do Bispo da Guarda que o trabalho com as equipas de agentes pastorais “possa dar cumprimento a um dos objectivos do Ano Sacerdotal, que é progredir na experiência da complementaridade entre o ministério ordenado e os outros ministérios”.

 

O primeiro dia das Jornadas Pastorais teve como ponto de referência a experiência concreta da Paróquia de Campo Grande, em Lisboa, liderada pelo Monsenhor Vítor Feytor Pinto. Na abordagem à experiência que vive, na Paróquia de Campo Grande, apontou as capacidades e os limites daquela comunidade. Numa área muito vasta onde o sacerdote tem o papel de coordenador, destacou o trabalho realizado pelos outros agentes pastorais. “Temos sempre a porta aberta para receber quem nos procura, e esse é o nosso limite, pois são muitos os que pretendem a nossa ajuda”, disse Feytor Pinto.

 

Na introdução ao tema das Jornadas, “Espiritualidade de comunhão ao serviço das nossas comunidades”, D. Manuel Felício reconheceu as diferenças que caracterizam as paróquias da Diocese da Guarda, pois abrangem uma área muito vasta que vai do Douro à Gardunha, e disse que é preciso encontrar caminhos para “construir a Igreja comunhão”.

 

Os trabalhos prosseguem amanhã, 26 de Setembro, com a abordagem do tema das unidades pastorais, com base no livro recentemente publicado, com o título de “Paróquia e unidades pastorais” da autoria do Padre Georgino Rocha (Aveiro).

Feytor Pinto e Georgino Rocha nas Jornadas Pastorais

24.09.09, dioceseguardacsociais
“Espiritualidade de comunhão ao serviço da renovação das nossas comunidades cristãs” é o tema das Jornadas Pastorais que a Diocese da Guarda vai realizar a 25 e 26 de Setembro, no Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos. Os trabalhos decorrem das 10.00 às 17.30 horas. No primeiro dia, os trabalhos serão orientados pelo Padre Vítor Feytor Pinto acompanhado de alguns leigos da sua Paróquia (Campo Grande – Lisboa). No segundo dia, será desenvolvido o tema das unidades pastorais, com base no livro recentemente publicado, com o título de “Paróquia e unidades pastorais” da autoria do Padre Georgino Rocha (Aveiro). Este dia será orientado pelo autor, com base no livro referido. Estas Jornadas são dirigidas aos Párocos e outros agentes pastorais. Na apresentação das Jornadas, em carta enviada aos padres, D. Manuel Felício, Bispo da Guarda explica: “Estamos a iniciar um novo ano pastoral, para nós marcados por três grandes preocupações. 1ª – o facto de ser ano sacerdotal; 2ª durante ele queremos progredir na caminhada para fazer das nossas paróquias escolas de oração, aplicando, quanto possível, o Catecismo da Igreja Católica, na sua IV parte, sobre a oração da vida da Igreja; 3ª também queremos trabalhar com os nossos grupos de agentes pastorais em ordem a criar as condições para desencadear na nossa Diocese a Missão para a Nova evangelização”.

Jornadas Marianas sobre Pastorinho de Fátima

24.09.09, dioceseguardacsociais
O Secretariado Diocesano da Guarda do Movimento Mensagem de Fátima vai promover umas Jornadas Marianas dedicadas a Francisco Marto, Pastorinho de Fátima. A iniciativa, marcada para 10 de Outubro, no Centro Apostólico D. João Oliveira Matos, acontece no âmbito do centenário do nascimento de Francisco Marto. Apresentar a figura de Francisco Marto que se deixou seduzir por Jesus; despertar nas crianças, olhando para Francisco, o gosto da contemplação, num mundo atordoado de barulhos; interpelar pais, catequistas e educadores para o apresentarem como modelo, não apenas por palavras, mas na imitação das suas atitudes como resposta aos pedidos da Senhora, são os principais objectivos destas jornadas. O programa começa às 9.30 horas, com o tema “desafios da criança aos pais, à igreja” que será apresentado por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda. Seguem-se os temas: “Francisco Marto contemplativo, sua história” (Eugénio Sério), “Francisco Marto, interpelação a pais, catequistas, educadores (irmã Joaquina), “Capacidade de santidade e de espiritualidade na infância e na adolescência” (Serafim Reis), “A educação da fé no tempo dos Pastorinhos” (Moiteiro Ramos) e “acompanhara dimensão espiritual desde a infância”. Segundo o padre Joaquim Bastos, assistente diocesano do Movimento Mensagem de Fátima, estas jornadas pretendem apresentar o Francisco “como referência para as crianças e como interpelação para os pais, catequistas e educadores, no processo educativo em que estão empenhados”. e acrescenta: “será também mais uma oportunidade para divulgar a mensagem que Nossa Senhora nos trouxe do Céu, tão rica de ensinamentos”. As Jornadas sobre Francisco Marto têm como principais destinatários os Associados do Movimento da Mensagem de Fátima, pais, educadores e todos os que pretendam aprofundar a piedade mariana.

Bispo da Guarda preside dedicação da Igreja da Santíssima Trindade, na Covilhã

09.09.09, dioceseguardacsociais
No próximo domingo, 13 de Setembro, o Bispo da Guarda, D. Manuel Felício vai presidir à cerimónia da dedicação da Igreja da Santíssima Trindade, na Estação, Covilhã. O cortejo terá início na Capela Velha da Estação, onde, às 16.30 horas, terá lugar a paramentação. “Começamos na Capela velha para haver um traço de união na celebração”, explica Agostinho Rafael, pároco do lugar. Com a cerimónia da dedicação, chega ao fim um projecto que sofreu várias alterações e que foi iniciado há mais de dez anos. “Houve um projecto inicial, do tempo do padre José Baptista, mas que não foi concretizado” explica o padre Agostinho Rafael, que entrou no processo “há quatro ou cinco anos”. E adianta: “nessa altura ainda estávamos com o projecto do padre Zé mas desistimos desse projecto e fomos para um projecto menos grandioso e mais acessível em termos financeiros”. A Igreja da Santíssima Trindade, localizada na zona da Estação, na confluência das paróquias de Santa Maria e são Pedro, é composta por dois pólos: “Num pólo vai funcionar a Capela da semana, que será a capela do Santíssimo, salas para reuniões, salas de catequese, sacristia e casas de banho e no outro funcionará a Igreja para as grandes celebrações, com capacidade para 400 pessoas sentadas, o baptistério, a torre e a capela mortuária”. Apesar da Igreja da Santíssima Trindade ser inaugurada no próximo domingo, Agostinho Rafael disse que “haverá pormenores que serão concluídos mais tarde, nomeadamente uma imagem de Cristo e a Via-Sacra”. O projecto, agora concluído, ronda mais de um milhão e duzentos mil de euros, verba que o pároco ainda não conseguiu arranjar na totalidade. “Vamos ficar com uma carga grande, pois tivemos de contrair empréstimos, mas fico satisfeito pela conclusão das obras”, adiantou o Agostinho Rafael. Para o pagamento ao empreiteiro, o pároco tem contado com alguns apoios, nomeadamente da Câmara Municipal, e com a negociação do silo-auto e ofertas das pessoas. Apesar das contingências financeiras, o padre Agostinho Rafael acredita que, o próximo domingo, “vai ser um dia de festa para a Estação e para a Covilhã”. Quanto à designação adianta que “o nome de Igreja da Santíssima Trindade foi escolhido pelo padre José Baptista Fernandes, logo quando deu início ao projecto”.

Homilia de D. Manuel Felício, na Peregrinação a Fátima

01.09.09, dioceseguardacsociais

 

  1. Estamos em Fátima, nesta Igreja da Santíssima Trindade, vindos de muitos lugares, alguns em grupos de peregrinação como acontece com a Diocese da Guarda que faz a sua peregrinação anual a este santuário; mas outros em peregrinação de família ou mesmo individual. Alguns terão mesmo escolhido este dia para passarem um dia das suas férias em Fátima.. Nossa Senhora a todos deseja acolher em seu coração de mãe, a todos deseja ajudar no caminho para Jesus Cristo, no aprofundamento da sua Fé, porventura na superação de qualquer dificuldade maior que alguém de nós traz consigo e deseja aqui encontrar ajuda necessária para a superar. É com sentimentos de profunda esperança e de muita confiança que todos queremos viver esta peregrinação ao Santuário de Fátima e em particular esta Celebração Eucarística na Igreja da Santíssima Trindade.
  2. Hoje o calendário litúrgico propõe-nos  fazer memória da figura de S. Bernardo como exemplo para a vivência e o aprofundamento da nossa Fé em caminhada pessoal e comunitária. S. Bernardo, monge cisterciense eleito abade de Claraval ainda jovem, foi um apaixonado pelo amor de Deus revelado em Jesus e tornado ainda mais acessível para todos nós na figura de Maria Santíssima. A sua vida, o seu exemplo, os numerosos escritos que nos deixou sobre a vida espiritual e os percursos de vida de Fé continuam hoje a ser ajuda preciosa para nós que desejamos conhecer mais e melhor e sobretudo experimentar o amor de Deus revelado em Jesus Cristo.
  3. A Palavra de Deus fala-nos hoje de fidelidade. Fidelidade aos nossos compromissos, mesmo quando isso implica sacrifícios que podem chegar ao dom da própria vida. A primeira leitura, referindo costumes primitivos que em si mesmos estão ultrapassados, como é o caso de sacrifícios humanos, sublinha a nobreza da fidelidade a compromissos assumidos, mesmo quando essa fidelidade pede renúncias e sacrifícios. O Evangelho diz-nos que a fidelidade correctamente entendida nos leva a escolher na vida sempre e em primeiro lugar o que é mais importante; e nos leva a subordinar sempre o que é menos importante ao que é mais importante. Se fizermos de outra maneira, estamos a contribuir para a subversão dos valores, para a nossa infelicidade pessoal e para a desordem social. O Evangelho de hoje fala-nos na recusa do valor mais alto que é o Banquete do Reino, em nome de interesses temporais e materiais como é o campo e o negócio ou pura e simplesmente o facto de as pessoas nem sequer quererem ser incomodadas nas suas consciências com a recordação dos valores mais altos.
  4. A história repete-se de facto; e hoje como ontem o valor da fidelidade continua a ser fundamental na vida das pessoas e das comunidades. Sentimos, por outro lado, que a conjuntura actual das nossas sociedades, a começar pela cultura dominante não ajuda a formação e a prática da fidelidade. Com frequência considera-se normal o dar o dito por não dito. E, mesmo quando decisões importantes tomadas implicam direitos de terceiros, considera-se normal, em nome da autonomia pessoal e da liberdade, que as pessoas voltem atrás nos compromissos tomados. Mais ainda considera-se na cultura dominante, quase crime e um atentado contra a liberdade que as pessoas tomem na sua vida decisões definitivas que comprometam a sua vida para sempre. Parece haver mesmo uma incapacidade inultrapassável para reconhecer que quem toma decisões e permanece fiel a elas é mais livre do que aqueles que, em nome da liberdade, dão o dito por não dito. No mínimo temos de considerar esta atitude da nossa cultura dominante uma grande pobreza que também empobrece a vida dos cidadãos que estamos a preparar para a vida.
  5. Falamos de fidelidade num ano sacerdotal que por vontade do Papa Bento XVI estamos a celebrar até Junho do próximo ano, comemorando os cento e cinquenta anos passados sobre a morte do Santo Cura d’Ars. Para vivermos com intensidade este ano sacerdotal, o Santo Padre faz principalmente três apelos. O primeiro é dirigido a nós sacerdotes. E pede-nos que aproveitemos este ano principalmente para aprofundarmos a nossa fidelidade ao dom recebido. Esse dom recebido é o da nossa vocação que pelo Sacramento da Ordem se transforma em mandato do Senhor para serviço incondicional de Igreja e por ela da própria sociedade. O modelo do nosso exame de Consciência como sacerdotes quanto à fidelidade ao dom recebido é a própria fidelidade de Cristo à vontade do Pai que ele cumpriu até ao fim, com a morte na cruz. O segundo apelo é dirigido a toda a Igreja, a todo Povo de Deus para que reforce a sua Fé neste grande mistério que é o Sacerdócio ministerial. Juntamente pede-se a todos os fiéis oração intensa pela santificação dos nossos sacerdotes. Temos a certeza de que a vitalidade da Igreja continuará a depender em larga escala principalmente da santidade dos seus sacerdotes e não apenas do número deles. O terceiro apelo é dirigido também a todo o Povo de Deus para que fortaleça a sua preocupação pela pastoral das vocações sacerdotais. Vivemos hoje tempos diferentes daqueles que foram vividos algumas décadas atrás no que respeita ao recrutamento das vocações sacerdotais. Há três ou quatro décadas os nossos Seminários menores enchiam-se com alguma espontaneidade embora ao Seminário Maior e depois à Ordenação Sacerdotal chegasse uma percentagem progressivamente mais reduzida relativamente aos que iniciavam o seu percurso no Seminário Menor. Hoje os lugares para fazer despertar e acompanhar as vocações sacerdotais são variados. Continua a ser, em muitos casos o Seminário Menor, durante as idades mais tenras da adolescência; mas é também o Pré-Seminário ou Seminário em Família; são as escolas do Ensino Básico e Secundário e mesmo Universitário; são as famílias, as paróquias e também o mundo do trabalho e do emprego. Na medida em que progredimos no esforço por fazer das nossas paróquias escolas de Fé e de Oração, das nossas famílias verdadeiras Igrejas domésticas, das nossas catequeses e outros espaços de formação caminhos para o encontro vivo e vital com Cristo, estamos a criar as condições para a autêntica pastoral das vocações sacerdotais. Isso não dispensa a oração explícita para que o Senhor mande à sua Igreja os sacerdotes que ele precisa, como não dispensa o convite directo àqueles que vemos com capacidade para desempenhar este importante e decisivo serviço na vida da Igreja. Que nossa Senhora proteja com o seu amor de Mãe os nossos Sacerdotes; ajude todo o Povo de Deus a estimar os seus sacerdotes e a colaborar com eles principalmente através dos ministérios laicais que o Espírito Santo continua a suscitar nas nossas comunidades; e a todos nos ajude no esforço de criar as condições para que mais vocações sacerdotais sejam despertadas e devidamente acompanhadas nos nossos Seminários.

             20 de Agosto de 2009

            + Manuel R. Felício, Bispo da Guarda